O julgamento do pastor evangélico Ilmurad Nurliev começou ontem, dia 21 de outubro, quase dois meses após sua prisão. O processo, que teve curso na cidade de Mary, baseou-se na acusação de estelionato em larga escala, e teve a sentença de quatro anos com trabalho no campo de Seydi, onde há reivindicações do uso de drogas psicotrópicas contra os prisioneiros.
A esposa do pastor e membros da igreja negam veementemente as acusações e insistem que os cinco delatores não são membros da igreja, como alega a petição inicial. Três deles apenas frequentaram a igreja poucas vezes, e as demais são desconhecidas.
Outra acusação rechaçada é a de que o pastor é um viciado em drogas que necessita tratamento; ele é diabético e sua esposa está muito preocupada com sua saúde, já que não pode visitá-lo. Alegam também contra Ilmurad que é um desempregado e vive à custa de outros, mas isso é refutado, pois ele trabalhava - até sua prisão - como barbeiro.
Cerca de vinte membros da igreja tentaram comparecer, preparados para falar em defesa de marido de Maya Nurlieva, como ela relatou ao Forum 18 News Service. Ela solicitou à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Ashgabad que enviasse monitores independentes para o julgamento. A igreja cessou os cultos após a prisão de Ilmurad.
O pastor é diabético e não aparentava muito bem durante a audiência, segundo relatos. Ele estava cercado por seguranças da polícia secreta o tempo todo no tribunal, e por isso a esposa Maya Nurlieva não pode sequer se despedirem.
Fonte:Portas Abertas.org