Disse Jesus:"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei". (Mateus 11:28).

17/05/2011

Infarto acadêmico quase me matou, mas Deus sustentou a vida.

Deus permite que passemos por algumas situações para nos mostrar uma realidade física/sentimental e espiritual que normalmente no cotidiano não discernimos. Quando sentimos a morte, real, em que o final é apenas uma questão de poucos minutos nossas escolhas espirituais podem se definir e confirmar esse final.
Estava em casa no final da tarde quando senti uma pressão no peito, logo pensei se tratar de gases ou coisa simples. Dormi. Acordei por volta das 18 horas e reunida toda a família víamos um filme. Comentei com a Laura: “Não estou bem”. Senti novamente a pressão no peito, fraca ainda. Levantei do sofá e fui até a sala para comer alguma coisa.
Na sala tudo rodou, a vista estava escurecendo. Voltei para a sala de TV e falei que estava passando mal. Nesse momento e poucos passos ente a sala e a volta para o quarto meu corpo estava coberto de suor, a camiseta molhada. Logo em seguida veio uma forte ânsia de vomito e diarréia. Fui ao banheiro, ao terminar, olhei meu rosto no espelho. Era minha máscara mortuária: completamente pálido com os lábios cianíticos (roxos). Esta de frente com a face da minha morte.
“Laura! Estou muito mal, vamos para o hospital, agora!”
Veio a primeira sensação de desmaiar, tudo ia apagando. Forcei, na sala voltou a impressão de desmaio e quase cai apagado. Pensei que se apagasse no corredor ou elevador do prédio a Laura e Alice não conseguiriam me carregar e seria o fim.
Não sentia dor forte no peito, ou, pelo menos, minha preocupação era de não apagar. Apagar seria a morte. Lembrei do filme “Fenômeno Lázaro” em que num dos dramas mostrados um jovem picado por águas vivas ouvia uma voz pedindo que ele não dormisse. Forcei para não fechar os olhos, mas estava ficando insustentável.
A Laura dirigia a toda velocidade em direção ao Hospital Jardim América. Ao entrar na Av T-63 minhas forças eram mínimas, eu ia apagar de vez. Pensei: Se Jesus estivesse me convocando e eu ali resistindo contar a vontade Dele?
Fiz uma oração final: “Senhor, eu não quero ir agora, mas se for Sua vontade, tudo bem. Eu só não quero sentir dor.”
Neste momento o Senhor me concedeu o desejo, ganhei novas forças. O carro parou na porta do hospital e saí andando – para quem não estava nem conseguindo ficar de pé. Entrei numa das salas de reanimação, deitei na cama. “Avisem ao médico que não tenho tempo: estou morrendo”, disse.
A Laura e a Alice preocupadas buscaram um jovem médico e enfermeiro que iniciaram os procedimentos para me salvar. O eletro, com toda a dificuldade do resultado, mostrava ser enfarto.
Subi para UTI e o médico João me falou como seria feito o cateterismo para desobstrução da veia.
Durante o período em que era socorrido minha filha, Aline, ligou para o irmão Elias contou o que houve. Imediatamente o irmão acionou uma rede de intercessão por minha vida e essa rede foi aumentando, irmãos para irmão, denominação para denominação. Com tamanha intercessão e minha oração no carro o Senhor me abençoou com mais um tempo na Obra e junto aos irmãos amados.
Deus sempre utiliza episódios assim para nos ensinar e eu aprendi algumas coisas importantes: Quando a minha vida estava, literalmente, se esvaindo como a chama de uma vela se apagando não pensei em nada, só em tentar prolongar a vida. Não pensei no passado, nem no que seria depois se fechasse os olhos.
Deitado no leito da UTI um dos médicos aqui do hospital, conhecido meu, falou que meu infarto tinha sido “acadêmico”. Ou seja, os sintomas de enfarto estão claros e clássicos nos livros de medicina.
Em seguida, deitado no leito da UTI, eu refleti sobre os acontecimentos e lembrei que o Senhor me apresentou a situação da morte e da vida. Tive tempo de exercer a opção de escolha em viver ou morrer, apenas ao fechar os olhos. Foi como Jesus ao perguntar aos vários enfermos da bíblia: “O que queres que te faça?”
Escolhi viver mais. E depois vi o quanto foi boa a escolha. Muitas das vezes eu achava não ter amigos, ter apenas conhecidos, mas o Senhor me mostrou logo na saída do centro Cirúrgico, passando no corredor o rosto do meu pastor e de irmãos amados de outras denominações sorridentes por ter escolhido a vida e a continuidade da nossa comunhão agora prolongada. Me senti verdadeiramente amado. Aqueles e outros tantos irmão, irmãos que nem mesmo conheci pessoalmente clamaram por mim, pela minha vida.
Foram mais de cinco denominações, algumas fora de Goiás, centenas de irmãos orando. Irmãos e amigos ligando para ter notícias. Visitas aqui no quarto. Muitos distantes,ligaram, mandaram mensagens. Foi preciso passar por essa situação de quase morrer par descobrir que sou amado. O amor ágape por esses irmãos também aumentou muito em mim, gratidão, tenho orado por todos e peço a Deus que os abençoem e os livrem de todo mal.
Não cito nomes para não esquecer de ninguém, mas essa união fortalecida no Amor de Deus e num momento tão especial nos identifica sem a necessidade dos nomes. Que Deus os abençoe e tenham a minha gratidão, sabendo que o Senhor ouviu minha opção ouvindo também a intercessão de todos vocês. Estou vivo, estamos juntos, Senhor obrigado pela vida e obrigado por cada irmão e amigo que o Senhor colocou nela.
Recebi alta: Graças a Deus!
Realmente dou Graças a Deus pela prolongação da vida através da Sua graça e da intercessão dos amados irmãos. Meu eterno obrigado, obrigado mesmo!
Sou grato por cada irmão e irmã que pediu pela volta da minha vida, da minha saúde, muitos de vocês por amor ágape, mesmo, sem me conhecer pessoalmente intercederam e o Senhor ouviu e hoje estou aqui.
Estou em casa, um lugar de onde saí e não voltaria nunca mais. É uma sensação estranha andar pela casa que foi o cenário do que seriam meus últimos instantes. É estranho, bem estranho, na minha mente aquela situação ainda é revivida, mas eu resisto e estou orando para superar isso e voltar a minha rotina.
O médico que me deu alta no hospital virou para mim e, sério, falou que eu fui um sobrevivente, pois as estatísticas mostram que 50% dos casos iguais ao meu o paciente não resiste até a chegada no hospital. Por isso, pela misericórdia de Deus e a fundamental intercessão década irmãos estou aqui, de novo, novamente na Obra do Senhor e irmanados ainda mais pela oração.
Recebi manifestações de muitos irmãos e notícias de reuniões de orações em várias denominações, até de outros estados, todos orando por mim, clamando por mim; Eu os amo em Cristo, a cada um de vocês, desejo-lhes muita Saúde, Graça e Paz!
Rotina: A luta continua!
Em casa de repouso, ainda recuperando da sensação de estar onde não era mais para estar, mas não podemos parar e já busco uma rotina com o repouso imposto e condizente com a nova vida que medicina mostra e que o Senhor guiará.
Por isso está será a última postagem sobre esse assunto e até por isso quero agradecer a quatro pessoas que o Senhor colocou na minha vida e que são a grande bênção que tenho: a esposa, Laura, as filhas Aline, Alice e Clarice. Quando a morte vinha ao meu encontro, corajosa e determinadamente, elas me salvaram – eu mesmo pouco ou nada poderia fazer sozinho.
Agradeço a elas por tudo, sem Deus, sem elas e sem as orações, não estaria aqui escrevendo novamente, renovando meu compromisso com o Senhor e com os irmãos em prosseguir com a Obra e o ministério que Ele me confiou.
Vamos continuar na luta contra as injustiças e as investidas do inimigo, quando e onde quer que eles se levantem contra nós. A luta continua!

Ps.: Não sei se os irmãos notaram, mas não entrei no site sábado e só postei informações a partir de terça. Foi quando descobri que o contador de acessos da Hebrom News zerou. O mistério é que zerou quando eu estava também zerando a vida, no sábado. Vale dizer que apenas eu tenho acesso a senha. Mesmo que tenha havido uma invasão no site o fato do contador de acessos zerar durante aquela situação é intrigante. Só que agora nosso Pai restabeleceu minha vida e eu restabeleci o contador de acessos com os índices aproximados. Vamos em frente, Glórias a Deus!!


João Carlos Barreto
Jornalista Missionário
Editor: Hebrom News e Goiás em Notícias.

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