Agradeço a Jesus a oportunidade de estar aqui no Rio nessa semana em que aconteceu a Jornada Mundial da Juventude, um evento católico que apesar das conhecidas divergências contra a bíblia que conhecemos, pudemos tirar do evento bons exemplos de fé e humildade.Acompanhei pela mídia a presença do papa Francisco e foi notória a sua simplicidade, simpatia e humildade com todas as pessoas, indistintamente. Demonstrou não gostar de pompa e luxo, embora não seja necessariamente um pedinte. Humilde, sempre dispensando os excessos da pompa e do puxa-saquismo comum a alguns líderes.
Entendi por que Francisco foi o escolhido. Virou papa por ser sul-americano, um continente onde o cristianismo evangélico é crescente, por seu carisma e humildade. Com certeza o catolicismo vai colher frutos dessa JMJ, apesar da desordem administrativa do Estado e Prefeitura do Rio.
O Espírito me mostra que na contramão do papa e do próprio Jesus, muitos obreiros evangélicos buscam e ensinam a prosperidade como meta e dão exemplos de vida com toda pompa, circunstância e até arrogância. Esquecendo os ensinamentos de Jesus, de humildade e respeito ao próximo.
Graças a Deus, são poucos os cantores, pastores, bispos e apóstolos, que se cercam de discípulos – na verdade meros assessores, como qualquer político; exibem roupas caras e jóias para mostrar prosperidade, se exibindo em púlpitos consagrados a mamom; andam em carros blindados de luxo, cercados por seguranças pagos pela Obra, vivem nababescamente com dizimo de trabalhadores, alguns bastante humildes.
Não sou a favor do pastor “franciscano” que faça opção pela pobreza, mas com certeza não é de Deus o que ostenta riqueza, vive na arrogância e prega a prosperidade como busca sagrada.
Me vem ao coração que Jesus disse; “Onde estiverem dois ou três, em meu nome, lá eu estarei”. Então é inegável que Ele esteve na Jornada. Onde um líder deu exemplo de humildade e carisma para milhões de jovens de todo o planeta, jovens cheios de fé e alegria que agüentaram situações como o frio, a falta de transporte, desinformação, etc. Tudo isso apesar das contradições da igreja de Roma que nós evangélicos conhecemos.
Numa comparação bem simplista. Onde Jesus se sentiria melhor: Entre pessoas humildes e de fé ou entre arrogantes, mesmo com fé? Será que Jesus se sentiria bem ao lado de cantores, pastores, bispos e apóstolos, ricamente ornamentados, com seus assessores (discípulos) filtrando a aproximação de irmãos, andando em carros de luxo, cercados de seguranças e vivendo como pop stars?
Será que se Jesus dissesse a esses obreiros o mesmo que disse ao jovem rico: “Vende tudo que tem, dá aos pobres e me segue”, será que esses obreiros estariam com Jesus? Acredito que não. Já se acostumaram aos prazeres de mamom.
Creio que devemos repensar a doutrina evangélica, sair da contramão da bíblia, praticar mais o que o Senhor nos ensinou. Independente da denominação que o irmão ou irmã tenha escolhido seguir.
Nós evangélicos precisamos de mais obreiros com a simplicidade e humildade de Cristo do que de pop stars. Precisamos buscar mais a humildade e a fé que só Jesus e seu exemplo bíblico nos oferece.
João Carlos Barreto
Jornalista Missionário